Mastercard apresenta novas tendências em inovação e tecnologia
26 de outubro de 2022 | São Paulo, BrasilA tecnologia mudou a forma como as pessoas interagem, se divertem e consomem. Com mais acesso a informações, os consumidores estão mais exigentes e querem que as empresas ofereçam os melhores serviços e produtos de forma transparente e confiável.
Para fortalecer a confiança das empresas com seus clientes, a Mastercard tem soluções para empresas de todos os tamanhos e segmentos, que vão da segurança de dados e detecção de riscos de fraudes a tecnologias que facilitam a tomada de decisão de negócios.
"Inclusão financeira é prioridade para nós", diz Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil. Na segunda edição do Masterminds, evento de tecnologia promovido pela empresa em São Paulo para falar sobre as novas tendências em inovação e tecnologia, ele destacou que a companhia tem como meta global chegar a 1 bilhão de pessoas incluídas no sistema financeiro até 2025. Só no Brasil, há 34 milhões de indivíduos não bancarizados ou com acesso precário.
A Mastercard atua além do segmento de cartões, como consultoria e fornecedora de tecnologias de inteligência de dados, cibersegurança e Open Finance. "Os dados são o petróleo da economia digital", observa Tangioni. Conforme os dados vão sendo democratizados por sistemas como o de Open Finance, as empresas têm condições de oferecer produtos e serviços melhores e taxas mais competitivas.
"A democratização dos dados é muito importante. Mas há o lado negativo, que é a exposição. Nós temos que garantir que os dados, todas as informações que viajam de um lado a outro, sejam cercadas pela proteção correta", ressalta Tangioni.
Neste sentido, soluções de cibersegurança estão entre os principais pilares dos produtos digitais oferecidos pela Mastercard. São ferramentas que protegem as empresas de ataques e dão confiança aos usuários.
OPEN FINANCE
A Mastercard aposta forte no Open Finance, ou Open Banking, iniciativa que permite a bancos, fintechs e demais instituições utilizarem os dados compartilhados do consumidor, com a devida autorização, para oferecer produtos e serviços mais vantajosos. Para garantir a confiança do consumidor ao compartilhar suas informações, as instituições participantes precisam reforçar medidas de segurança em todo o seu sistema.
"A Mastercard viabiliza a participação de instituições no ecossistema oferecendo tecnologia e consultoria estratégica para esta jornada", explica Thomas Camargo, vice-presidente de Open Finance da companhia no Brasil.
De acordo com a economista Amanda Graciano, que participou do Masterminds, dados do Banco Central mostram que a adesão ao Open Finance ultrapassou 7 milhões de consentimentos de usuários para o compartilhamento de dados.
Para Tangioni, o Open Finance é uma "nova fronteira" para o setor bancário no Brasil. "Há muito movimento no mercado. O Open Finance é uma grande maneira de fornecer aos indivíduos melhores serviços, produtos ou taxas de juros, por exemplo, se você estiver procurando um empréstimo", observa.
Camargo avalia os números do BC como positivos e vê amplo potencial de crescimento. "O brasileiro é adepto de novas soluções e tecnologias", declarou, referindo-se à rápida popularização das soluções de pagamentos em tempo real.
A Mastercard trabalha com quatro linhas de produtos para Open Finance: Connect, para viabilizar a conexão de instituições financeiras de todos os tamanhos; Manage, para interpretar e utilizar os dados enviados pelas instituições; Lend, para analisar o perfil financeiro dos usuários; e Pay, solução de iniciação de pagamentos.
DADOS SEGUROS
A análise de dados é outro destaque do trabalho da Mastercard. Como o petróleo, não é possível consumir os dados em estado bruto. "Da mesma forma, eles precisam ser refinados", diz Tangioni. A empresa oferece o refino. "Fizemos muitos investimentos em novas tecnologias, como inteligência artificial, para garantir o fornecimento de uma camada adicional de inteligência para todos os dados a que temos acesso", afirma o presidente da Mastercard Brasil.
Rodrigo Villela, senior principal de Serviços e Dados da Mastercard Brasil, explica que os dados necessitam de análise para transformarem-se em informação, depois em "insights" e, por fim, em ações. "Para isso são necessárias ferramentas", afirma. "Nós não conseguimos ver o todo, mas a tecnologia sim", observa a futurista Lala Deheinzelin, que participou do seminário.
Outro pilar de negócios da Mastercard é a cibersegurança. A marca viabiliza a confiança nas operações por meio de vários instrumentos. "Um dos principais desafios nesta área é conscientizar as pessoas de que algo precisa ser feito", enfatiza Leonardo Linares, vice-presidente sênior do Centro de Soluções para Clientes da Mastercard Brasil.
Para ele, é essencial que todas as organizações atuem de forma a mitigar riscos e ampliar a segurança de seus clientes. "Todo o ecossistema precisa estar seguro, por isso é importante analisar também os terceiros", afirma Linares, ao lembrar da Lei Geral de Proteção de dados (LGPD).
"Como os dados são o novo petróleo, eles também vazam", destaca o advogado e comentarista de tecnologia Ronaldo Lemos, que falou no evento. "[Cibersegurança] é como uma vacina, se uma pessoa não toma, há risco para todos", compara.
Kiki Del Valle, vice-presidente executiva de Market Development da Mastercard para América Latina e Caribe; Sarah Buchwitz, vice-presidente de marketing e comunicação da Mastercard Brasil, e Izabella Teixeira, co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Meio Ambiente (IRP/UNEP), ex-ministra do Meio Ambiente.
ESG
A sustentabilidade faz também parte da estratégia de negócios da Mastercard. Iniciativas nas áreas ambiental, social e de governança ganham destaque entre as ações realizadas.
A vice-presidente executiva de Desenvolvimento de Mercados da empresa para América Latina e Caribe, Kiki Del Valle, cita como exemplo a inovação em produtos. A marca desenvolveu o programa True Name, recurso que permite que pessoas transgênero e não binárias usem o nome social em seus cartões, e o The Touch Card, que são cartões com identificação tátil para cegos.
"São negócios com propósitos, não filantropia", afirma Del Valle. Outro projeto que se enquadra no conceito ESG, sigla em inglês para ações ambientais, sociais e de governança, é o programa Strive, que, no Brasil, garante capacitação a empreendedores das favelas para levar seus negócios ao mundo digital. A executiva acrescenta que a companhia pretende ainda este ano elevar a participação feminina em seu quadro de funcionários de 47% para 50%.
Na seara ambiental, a Coalização Planeta Priceless prevê plantar 100 milhões de árvores pelo mundo até 2025. A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira integra a iniciativa e também participou do Masterminds.
"O mercado tem que ter um olhar estratégico para a pauta ESG", diz a ex-ministra. "O clima não é uma questão somente de ambientalistas, mas estratégica, e o setor privado é parte da solução", ressalta.
Sarah Buchwitz, vice-presidente de Comunicação e Marketing da Mastercard Brasil, explica que a empresa oferece uma solução que auxilia a educar sobre consumo consciente. Trata-se de uma calculadora de carbono desenvolvida pela fintech Doconomy.
Instalada em aplicativos de bancos, a ferramenta permite que o consumidor confira as emissões resultantes de suas operações com cartões Mastercard. A companhia tem condições de neutralizar estas pegadas de carbono por meio do plantio de árvores do programa Coalização Planeta Priceless. "Tudo isso para que nós possamos trabalhar cada vez mais com o consumo consciente", diz Buchwitz.
Ela lembra ainda do engajamento de empresas brasileiras com o desenvolvimento sustentável. "Cerca de 1,7 mil empresas assinaram o Pacto Global da ONU no Brasil", conta. "É a filial que mais tem signatários", acrescenta.
O Pacto Global é uma iniciativa das Nações Unidas para incentivar as empresas a incluírem em suas operações dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. No Brasil, a rede tem como propósito principal mobilizar as companhias a integrar os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU, conjunto de metas a serem atingidas até 2030, em suas estratégias de negócios.