O futuro digital do Brasil é brilhante. Vamos mantê-lo assim
27 de outubro de 2022 | By Marcelo TangioniOs empreendedores criam suas próprias oportunidades. Basta procurar nas favelas do Brasil – essas comunidades são verdadeiros centros de microempreendedorismo, onde 40% dos moradores são donos de seus próprios negócios, apesar de muitos não terem acesso ao capital e às habilidades e ferramentas necessárias para competir em um mundo cada vez mais digital.
Agora, a Mastercard está os ajudando a aproveitar ao máximo os negócios que construíram, apoiando a transformação digital de 500 mil microempresas em favelas em todo o Brasil por meio de ferramentas de ponta como gamificação, ciência de dados e até treinamento em realidade virtual.
Esta é a intersecção de inovação e inclusão. É disso que se trata a economia digital – aproveitar o poder da tecnologia para estimular o potencial em todos nós. E o potencial no Brasil é grande. A aceleração digital induzida pela pandemia que vimos em todo o mundo foi bastante pronunciada aqui, com pagamentos por aproximação disparando 385% em 2021, o comércio eletrônico crescendo 27% no mesmo ano e, o mais encorajador, o número de brasileiros com conta bancária atingindo 182,2 milhões no final do ano – um aumento de 10% desde fevereiro de 2020.
Nossas próprias pesquisas mostram um apetite por mais. De acordo com o New Payments Index 2022 da Mastercard, 86% dos brasileiros dizem ter usado pelo menos um método de pagamento digital no ano passado e 94% dizem que provavelmente pagarão digitalmente no próximo ano. A adoção do digital foi possibilitada por um cenário próspero entre as startups, com nove delas alcançando o status de unicórnio em 2021 e um Banco Central que compartilha a crença da Mastercard de que as pessoas são mais bem atendidas quando podem escolher entre diversas formas de pagamento.
Mas inovação e inclusão são apenas duas pernas de uma mesa. Sem confiança, ela não fica em pé.
Nosso mundo cada vez mais interconectado abre oportunidades econômicas interessantes para mais pessoas, mas também nos torna mais vulneráveis. À medida que migramos para a internet, os criminosos também migram. As milhares de violações de dados divulgadas publicamente expuseram 22 bilhões de registros em 2021, e o Brasil ficou em quinto lugar entre os países visados por crimes cibernéticos, com 9,1 milhões de ataques de ransomware apenas no primeiro semestre de 2021 – mais do que o total desses ataques em todo o ano de 2020.
O estudo Barômetro da Segurança Digital realizado no ano passado pela Mastercard em parceria com a Kantar revela que a privacidade de dados é importante para 99% dos brasileiros, e 41% disseram que não confiam nas organizações online para manter seus dados seguros. Sem confiança no ecossistema digital, a adoção pode desacelerar, a inovação pode vacilar e a inclusão pode parar.
É por isso que gastamos mais de US$ 1 bilhão em aquisições e investimentos ligados à segurança cibernética e desenvolvemos uma abordagem que chamamos de “inteligência conectada”. Ela reúne tecnologias e ferramentas para garantir a segurança dos pagamentos antes, durante e após a transação, desde a tokenização – que transforma os 16 dígitos de um cartão em um número único, gerado por algoritmo, como a Mastercard faz para proteger o Facebook Pay no Brasil em pagamentos P2P (pessoa-para-pessoa) – até a verificação de identidade com tecnologia de IA e avaliação de risco cibernético para autenticação biométrica. (Os clientes da rede dos sofisticados mercados St. Marche, em São Paulo, participaram de nosso piloto de checkout biométrico com a Payface, substituindo sua carteira por um sorriso).
Além disso, a adoção de ativos digitais e a tecnologia blockchain que os alimenta está acelerando no Brasil, transformando a economia e nossa vida cotidiana – desde a forma como pagamos e somos pagos até como colecionamos arte e souvenirs e como investimos nosso dinheiro e executamos contratos. Precisamos garantir que, na economia cripto, seja incutida a mesma confiança e tranquilidade que os consumidores experienciam hoje com métodos de pagamento mais tradicionais.
Nossa aquisição da empresa de inteligência em criptomoedas, CipherTrace, expandiu ainda mais nossos recursos de segurança cibernética na esfera cripto. Isso ajudará a gigante de e-commerce, Mercado Livre, a monitorar, identificar e entender os riscos e ajudar a gerenciar suas obrigações regulatórias e de conformidade com criptomoedas, à medida que ele continua lançando sua carteira digital Mercado Pago para compra e venda de cripto ativos.
Mas não se trata apenas de transações – as interações digitais devem ser tão seguras quanto os pagamentos. Uma identidade digital segura e reutilizável pode ajudar as pessoas a provarem quem são em um mundo mais virtual do que nunca. No Brasil, estamos ajudando alunos a se identificarem para exames online em universidades, apoiando cerca de 10.000 universitários brasileiros a criar sua própria identidade digital que pode ser usada por toda a vida em ambientes multidimensionais, e no Complexo Comercial BRASIL 21 de Brasília, um grande hotel, centro de negócios e empreendimento residencial, os milhares de lojistas, prestadores de serviços, hóspedes e visitantes usarão identidade digital para garantir um acesso seguro para todos.
Sabemos que o futuro dos pagamentos tem tudo a ver com escolhas – consumidores cada vez mais digitais e empoderados querem acessar e usar seu dinheiro de uma maneira que faça mais sentido para eles naquele momento.
Como empresa de tecnologia, nosso objetivo é dar suporte — e proteger — todas as transações, independentemente da tecnologia ou da ferramenta usada para realizá-las, seja hoje ou no futuro. Ao trabalharmos em todo o ecossistema para garantir que a inovação nunca ultrapasse a confiança, podemos ajudar a garantir coletivamente que a economia continue crescendo e oferecendo oportunidades para todos. A verdade é que não importa como paguem, todos os brasileiros merecem exatamente a mesma experiência — simples, perfeita e segura.