4 maneiras de mudar o espaço que as mulheres ocupam no universo das criptomoedas e blockchain

11 de agosto, 2022 | Por Deborah Lynn Blumberg
Quando Deana Burke co-fundou Boys Club, uma “zona para cripto-curiosos livre de homens”, em 2021, sua intenção era mostrar às mulheres quanto elas podem se beneficiar da tecnologia ligada às criptomoedas.

Sua opinião é fundamental para garantir que estamos construindo uma cripto-economia para todos, coincidiram Burke e outras líderes do setor cripto em ocasião do lançamento de The Belle Block. O grupo é uma nova iniciativa da Mastercard, que procura trazer mais representatividade femenina e de minorias sub-representadas no universo das criptomoedas e blockchain.

Os esforços para expandir a inclusão ocorrem no momento em que a indústria ganha reputação como um setor dominado por homens, pouco acolhedor para fundadoras e engenheiras. De fato, são poucas as mulheres que se destacam em desenvolvimento de produtos e serviços cripto, ou que ocupam um lugar de liderança no espaço -um estudo de dezembro de 2021 revela que as mulheres são menos do 5% do total de empreendedores cripto- embora sejam muitas as que investem em ativos digitais baseados em blockchain, como criptomoedas e NFTs.

The Belle Block -Belle é a sigla para Business growth (crescimento do negócio), Education (educação), Leadership (liderança), Legal and regulatory (jurídico e regulamentar), e Entrepreneurship (empreendedorismo)- procura mudar o cenário  e garantir a inclusão de mais pessoas no desenvolvimento de tecnologias blockchain, o que os fanáticos por criptomoedas acham que terá implicações consideráveis em como as pessoas vão gastar, movimentar valor e economizar dinheiro no futuro.

Para conquistar o seu lugar na nova fronteira, as mulheres precisam participar desta conversa hoje, disse Jorn Lambert, Chief Digital Officer da Mastercard, no evento de lançamento do Belle Block no Tech Hub da empresa em Nova York: “É muito importante começar a mudar a cultura por meio de iniciativas como essa.”

Liderado por Grace Berkery, Laluy Garduño e Katie Priebe, da Mastercard, The Belle Block faz alianças com fundadoras de outros grupos que também promovem esse tipo de educação e colaboração, incluindo SheFi, HerHouseBlu3 DAO, e Boys Club, para incluir mais mulheres e para desenvolver produtos que empoderem as mulheres e outras minorias.

Os principais pontos destacados no evento foram:

 

01

Mais educação sobre criptomoedas é fundamental. “Na criptoesfera, você não pode ser um mero observador”, disse Maggie Love, fundadora da SheFi. “Quero que as mulheres se envolvam neste novo mundo e, para construir e contribuir, elas precisam conhecer os detalhes de como essas coisas funcionam”, acrescentou. SheFi organiza um treinamento interativo para familiarizar às mulheres com a indústria, através de unidades que ensinam desde o qué é um NFT até como se tornar uma especialista em Blockchain.

 

02
Uma mudança de cultura está chegando. Burke notou que as mulheres que trabalham com criptomoedas há anos estão tomando medidas para garantir que todos estejamos representados e contribuindo para o setor. Esse ano, ela disse, “é muito diferente. Há muita energia e impulso.” Embora ainda haja “muitas mulheres que estão do lado de fora”, apontou. Por meio de eventos e educação, Burke e suas colegas estão trabalhando para transformar mais mulheres de observadoras em participantes. 

 

03
Web3 é uma grande oportunidade para reescrever as regras. A Web3 propõe uma nova versão da internet alimentada por blockchain, capaz de dar às pessoas maior controle sobre as suas comunidades na web. Burke vê a Web3 como uma oportunidade para pessoas com diferentes origens e crenças moldarem a tecnologia que está por vir. Embora as criptomoedas tenham estado no centro de todos os olhares nos últimos anos, agora mais e mais pessoas -incluindo mulheres- estão focadas na Web3, disse Cynthia Huang, fundadora da Blu3 DAO. Nos próximos dois a três anos, acrescentou, “a visão da Web3 será muito diferente”.

 

04
A indústria precisa de mais comunidade e colaboração. A colaboração é essencial para que o universo cripto continue crescendo. Como exemplo, as palestrantes disseram que a forma de criar plataformas mais fortes e inclusivas é incorporar mais pessoas de diferentes origens para trabalhar em serviços cruciais, como data backpack da Disco, que permite um melhor controle da presença online. Candace Stewart, co-fundadora da HerHouse, acredita que a indústria cripto precisa de mais mulheres negras. “Não há muitas mulheres que se pareçam comigo”, disse Stewart. Para promover uma conversa aberta, Stewart organiza apresentações em um estilo sala de estar onde todos se sentam juntos. “Todo mundo tem valor, e podemos aprender com cada pessoa”, disse.

Contato de imprensa

Andrea Denadai, Mastercard